Arquivo do blog

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Vida e morte

Falar de vida, felicidade, saúde, sucesso, alegria, viagens, filhos, e alimentação é fácil e a maioria das pessoas gosta de falar e fala, pensa e está sempre na luta por isso.

Falar de morte, normalmente, não gostamos nem queremos. Mas e quem não tem outra saída e tem que pensar, planejar, não ficar pensando só nisso, mas saber que a morte ou o fim da vida é algo que está diante de nós? Isso acontece quando temos ou convivemos com uma doença grave.

Sabemos, pelas notícias, que a violência termina com a vida de muitas pessoas, diariamente, mas a sensação que temos, e o que estamos sempre pedindo é que conosco não vai acontecer.

Mas e quando a doença grave aparece? Não temos outra saída a não ser refletir, planejar , executar muitas ações que melhoram a vida de nossos familiares.

E para nós? O que planejamos? Muitos poderão pensar em, como será a cerimônia?, como ficarão seus bens? Eu, desde que descobri que tinha uma doença grave mudei a minha vida. Pequenas coisas se tornaram invisíveis . Passei a dar importância aquilo que realmente é importante : a minha felicidade.

Planejo parar de trabalhar, viver em outro lugar, com praia, caminhar na beira do mar todo dia., quero viver sem ansiedade, sem desavenças, ouvir mais o sentimento dos outros, o conhecimento e a experiência daqueles que tenho o privilégio de encontrar no meu caminho.

Essa luta de quase um ano de tratamento me reserva agora a alegria de ser considerada sem a doença e isso é animador e suficiente para acreditar em Deus e sair em busca dos meus objetivos: viver feliz, fazer o que gosto, amar, me doar, ajudar...

Não posso dizer que não estou planejando o que deixarei para meu filho, o que der coloco em seu nome, enfim vivenciando um lado prático de alguém que tem a morte possível.

Mas, também não posso dizer que não sinto a vida pulsar em mim e acreditar sempre na cura e fazer dessa doença um motivo para mudanças e muito aprendizado como ser humano. Meu blog faz parte desse planejamento:aprender e ajudar quem precisa ou vive essa situação.

O que senti hoje, e o que venho sentindo quando leio a notícia de que pessoas que vivem em nosso meio morreram de câncer ou de câncer de pâncreas, como a morte de Flávio Gikovate, é uma sensação de insegurança ou apenas a lembrança de que a morte existe e por essa razão mais força deveremos ter para VIVER A VIDA!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário